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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO

Para comemorar o interesse do grupo em estudar mesmo na semana entre o Natal e Ano Novo, deixei mais colorido!!!! Mais de 360 acessos em apenas 3 dias, espero que achem que valeu a pena!!!


BEIJOS A TODOS E UM FELIZ ANO NOVO!!!!

ESQUEMA DE ESTUDO – CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS – CP

Recebi o material da Lilian e está bem legal.

DOCUMENTOS SME:


SME/DOT – Orientações Curriculares e Expectativas de aprendizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo I

  • Organização: do 1º ao 5º ano
  • Finalidade: Organizar e aprimorar os projetos pedagógicos das escolas
  • Objetivo do Programa: Deve atender as finalidades da formação para a cidadania, subsidiando as escolas na seleção e organização de conteúdos mais relevantes a serem trabalhados ao longo dos nove anos do Ensino Fundamental I, que precisam ser garantidos a todos os estudantes.
  • A escola:
- Era: espaço em que se promovia a emancipação dos indivíduos por meio de técnicas que lhes permitissem adaptar-se à sociedade.
- É: lócus que introduz a idéia de ciclo e organizando os tempo e espaços – formação
- Pretende ser: um espaço educativo de vivências sociais, de convivência democrática e, ao mesmo tempo, de apropriação, construção e divulgação de conhecimentos, como também de transformações de condições de vida das crianças que a freqüentam.
- Foco: conteúdo
  • Articulação do programa com projetos em desenvolvimento (PIC, TOF, etc...) – Visam, por meio de diferentes estratégias, oferecer possibilidades de enriquecimento do currículo e subsidiar o desenvolvimento do PP das escolas da Rede Municipal de Ensino.
  • Articulação do programa com o PP das escolas:
- estimular a reelaboração do projeto pedagógico
- indicar em cada escola os rumos que pretende seguir e os compromissos educacionais que assume com vistas à formação de seus estudantes.
- cria: um processo dinâmico e contínuo.
  • Cada professor planeja trajetórias para que seus estudantes possam construir aprendizagens significativas.
  • Uma das condições necessárias para a organização e o desenvolvimento de um CURRÍCULO ARTICULADO, INTEGRADO e COERENTE, e a escolha e a assunção COLETIVA, pela equipe escolar, de concepções de aprendizagem, de ensino e de avaliação.

CONCEPÇÕES:
  • Aprendizagem
- compreensão de significados que se relacionam a experiências anteriores e vivências pessoais dos estudantes, permitindo a formulação de problemas que os incentivem a aprender mais;
- estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos, objetos, acontecimentos, noções e conceitos, desencadeando mudanças de comportamento;
- contribuição para a utilização do que é aprendido em novas situações;
- que os conhecimentos escolares contribuam para a formação do cidadão;
- Aprendizagem em colaboração entre sujeitos, tendo a linguagem como instrumento de intercâmbio.
  • Ensino: contempla um conjunto de atividades sistemáticas, CUIDADOSAMENTE PLANEJADAS, em torno das quais os conteúdos e métodos articulam-se e onde professores e estudantes compartilham partes cada vez maiores de significados com relação aos conteúdos do currículo escolar.
  • Currículo: conhecimento visto como uma REDE DE SIGNIFICADOS, em permanente processo de transformação.
  • Função da escola: propiciar o desenvolvimento harmônico desses diferentes potenciais do aprendizes.
  • Avaliação:
- processual
- criar espaços e tempos
- não pode ser um único instrumento, restrito a um só momento ou a uma única forma.

  • Critérios para seleção de expectativas de aprendizagem:
- Relevância social e cultural
- Relevância para a formação intelectual do aluno e potencialidade para a construção de habilidades comuns
- Potencialidade de estabelecimento de conexões interdisciplinares e contextualizações
- Acessibilidade e adequação aos interesses da faixa etária
  • Cada escola pode organizar seus projetos de modo a atender suas necessidades e singularidades.
  • Atividades de ensino:
- atividades permanentes
- seqüências didáticas
- projetos
  • Três grandes campos de conhecimento:
- Conhecimentos de Língua Portuguesa e de Matemática: ferramentas essenciais da construção de conhecimentos (é a base)
- Conhecimentos sobre Natureza e Sociedade: repertório que amplie e aprofunde saberes que constrói cotidianamente em sua vivência (amplia o repertório)
- Conhecimentos sobre Arte e Educação Física: diferentes formas de expressão, apoiadas em práticas culturais (extrapola)
  • Temos que ter em mente, a partir das observações do contexto, quais expectativas de aprendizagem devo selecionar para elencar os conteúdos.
  • Superação da linearidade e fragmentação do currículo:
- abordagem interdisciplinar e disciplinar
- leitura e escrita como responsabilidade de todas as áreas
- perspectiva de uso das tecnologias
  • Língua Portuguesa:
- Linguagem: expressão de idéias, pensamentos e intenções. É pela linguagem que se constroem quadros de referência culturais.
- Interagir pela linguagem significa realizar uma atividade discursiva.
- É nas práticas culturais que se dá a expansão da capacidade de uso da linguagem e a construção ativa de novas capacidades, que possibilitam o domínio cada vez maior de diferentes padrões de fala e de escrita.
- Modalidade escrita: leitura / produção escrita / análise e reflexão sobre a língua e a linguagem
- Modalidade Oral: escuta / produção oral
- Sistema de escrita alfabética / padrões da linguagem escrita
- Gêneros textuais – organizou-se as expectativas de aprendizagem em torno de determinados gêneros textuais de uso social mais freqüente.












Modalidade de escrita / oral
Esfera de circulação
Gêneros selecionados em cada ano do ciclo I em Seqüências Didáticas ou Projetos
Cotidiana
Bilhete/ Recado
Receita
Regras de jogos
Carta/
E-mail
Roteiro Mapa de localização
Escolar
Diagrama/
Explicação
Verbete de curiosidades/
Explicação
Verbete de enciclopédia infantil/ explicação
Verbete de enciclopédia infantil/ exposição
Artigo de divulgação científica para crianças
Jornalística
Legenda
Comentário de notícia
Manchete/ notícia televisiva ou radiofônica
Notícia/ comentário de notícia
Entrevista
Relato de acontecimento do cotidiano
Literária (prosa)
Conto de repetição
Conto tradicional
Conto tradicional
Fábula
Lenda e mito
Literária (verso)
Parlenda/ regras de jogos e brincadeiras
Cantigas/ regras de cirandas e brincadeiras cantadas
Poema para crianças
Poema narrativo
Poema

  • Matemática:
- Objetivos: contribuição para resolver problemas da vida cotidiana, sua aplicação a problemas reais e a formação de capacidades intelectuais, a estruturação do pensamento, a agilização do raciocínio do aluno.
- 5 Blocos Temáticos:
NÚMEROS
OPERAÇÕES
ESPAÇO E FORMA
GRANDEZAS E MEDIDAS
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
  • Natureza e Sociedade:
- visão integradora das ações humanas e da natureza
- temas propostos para as 3 disciplinas:
* Lugar onde vivemos
* Modos de viver
* O que compartilhamos
* O que e como produzimos
* Como nos comunicamos
* Quem somos
* Viver na cidade de São Paulo
- visa problematizar a realidade e articular conhecimentos dos distintos campos do saber ao mundo contemporâneo e à vivências cotidianas das crianças relacionadas à sua formação cultural, social e científica.
  • Artes e Ed. Física:
- Diferentes linguagens: corporal / visual / teatral / musical
- A partir das vivências culturais locais – resgate histórico
- Desenvolvimento de habilidades relativas a:
* Percepção
* Experimentação
* Criação / produção
* Comunicação / representação
* Análise / interpretação
* Pesquisa / reflexão
* Registro
* Crítica/ autocrítica
  • Aspectos comuns na proposta:
- valorização do saberes dos alunos;
- valorização da cultura patrimonial dos alunos;
- aprendizagem significativa;
- interdisciplinaridade;
- avaliação formativa.
  • Organização do trabalho pedagógico:
- rotina
- olhar atento do professor para o processo de aprendizagem dos seus alunos
- potencializar o tempo didático
- flexibilidade no planejamento
Considerar a natureza das atividades de cada área e a articulação entre elas.
  • Avaliação:
- procedimento de investigação
- acompanha o processo de aprendizagem
- verificar se as estratégias estão surtindo o efeito esperado
- relação entre instrumento de avaliação, objetivo de ensino e expectativas de aprendizagem
- observar as dificuldades dos alunos e direcionar intervenções
- nada substitui o olhar atento e a observação apurada do professor


SME/DOT – As mídias no Universo Infantil – um diálogo possível

  • Tônica do texto: aprender brincando e através das diferentes linguagens / A tecnologia faz a mediação entre a criança e o mundo
  • Aprender e ensinar fazem parte da existência humana, histórica e social
  • Criança = ser produtor de cultura
  • Não se pode negar à criança as possibilidades de expressão das diferentes linguagens
  • Brincando a criança constrói a fruição do processo criados da infância
  • Fotografia= criança pode fotografar o que escapa ao olhar do adulto
  • Ensinar e aprender ao mesmo tempo uns com os outros
  • Tecnologias = potencializam a descoberta –comparação – análise – resolução de problemas
  • Tecnologia = condições mais inovadoras – respeitando como sujeitos sociais e de direitos
  • Aprendizagem colaborativa = aluno ativo no processo de ensino e aprendizagem
  • Registro e dialogicidade
  • Escola = espaço lúdico e despertar o interesse para o inexplorado
  • Computador amplia a criatividade
  • Educador = tem que ter uma intencionalidade / planejar caminhos para mediar novos conhecimentos
  • Criança em contato com diferentes portadores textuais
  • Auto-avaliação
  • O computador não afasta a criança de seu mundo de criança, somente interage com o seu tempo de ser criança
  • Conversar sobre possibilidades e não engessar propostas


SME/DOT – Tempos e espaços par infância e suas linguagens nos CEIs, creches e EMEIs da cidade de São Paulo

  • Objetivo do documento: favorecer o aprimoramento pessoal e profissional dos educadores que atuam com crianças na faixa etária de 0 a 6 anos.
  • Tem como referencial o CUIDAR e o EDUCAR.
  • Cabe a essas instituições educativas assegurar a TODAS as crianças, o direito de ter acesso a informações que lhes ajude a observar e construir significações pessoais sobre o mundo, ajudando-as a compreender os aspectos básicos que regem as relações entre as pessoas satisfazendo suas curiosidades e favorecendo seu desenvolvimento pleno.
  • Educar e Cuidar = conceitos integrados
  • Cuidar: tarefa complexa que exige: preparo, planejamento, precauções, atenção, olhares, acolhimento, estímulo, segurança.
  • Educar: exige a criação de condições para que a criança se aproprie de formar de agir no meio social. Envolve o desenvolvimento de sua afetividade, motricidade, imaginação, raciocínio, linguagem que favoreça a formação de um conceito positivo da criança em relação a si mesma.
  • Cuidar e Educar: exige planejamento de interações entre as crianças dando-lhes a oportunidade de compartilhar experiências e saberes sem qualquer tipo de discriminação e preconceitos, favorecendo assim a construção de atitudes de respeito e solidariedade.
  • A aprendizagem deve ser entendida como uma construção social que envolve múltiplas interações (Vygostsky e Wallon)
  • Papel do professor:
- mediador que planeja e promove interação das crianças com seus companheiros de infância e adultos
- organizar situações de aprendizagens que ajudem todas s crianças a se apropriarem do patrimônio cultural
- planejar situações que sejam significativas para as crianças
- Proposição de situações onde as crianças façam ESCOLHAS, exercitando sua AUTONOMIA.
  • Tempos e Espaços para viver, crescer e aprender – agrupar as crianças simplesmente num espaço não garante a qualidade das interações, cabe ao professor a organização de boas vivências nos tempos e espaços para as crianças agirem e aprenderem com qualidade.
  • A noção de ambiente contemplada por este documento não se resume o espaço escolar. O espaço físico pode estender-se quando possível a outras áreas (praças, parques, ruas...)
  • Os espaços devem ser compreendidos como lugares de crescer e aprender
  • Organização dos espaços:
- A infância na EI deve refletir um tempo de experiências educativas seguras, afetivas, que promovam mudanças e ampliação de suas capacidades de fazer, sentir, pensar e usar diferentes linguagens.
- O espaço deve contemplar:
* segurança e acolhimento
* desafios
* estímulo ao interesse e conhecimento de bebês e crianças maiores
* diversidade de propostas
* favorecimento das interações sociais
* contato com o meio externo
  • Organização do tempo:
- deve estar a favor das oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento
- O planejamento do tempo deve atender aos critérios de: equilíbrio, variedade e regularidade e atratividade.
  • O Brincar é uma atividade humana pela qual a criança aprende a viver, revolucionar e criar a cultura, brincando a criança se humaniza.
  • Durante as brincadeiras, cabe ao professor atuar como observador, organizador e participante, bem como ampliando o repertório das crianças.
  • Brincar é a principal linguagem da infância
  • A brincadeira infantil deve ocupar lugar privilegiado na rotina dos CEIs, Creches e EMEIs.
  • O professor precisa garantir que as crianças possam brincar isoladamente ou em grupos, com crianças da mesma idade e com idades diferentes, de forma livre e dirigida.
  • Os espaços devem ser bem explorados, as brincadeiras devem acontecer em espaços diversos
  • As brincadeiras devem possibilitar o brincar em suas mais diversas formas
  • A EI não se divide em disciplinas, mas no trabalho com as diferentes linguagens:
- Comunicação e expressão gestual
- Comunicação verbal ( não deve pautar-se no uso apenar de palavras simples, com frases curtas, as crianças precisam aprender a expressar suas idéias)
- Leitura e Escrita e sua apropriação (favorecer o contato com a escrita, sobretudo do nome próprio e outras escritas comuns de seu cotidiano / exploração de materiais com textos significativos empregados no dia-a-dia / leitura compartilhada)
- Criação plástica e visual ( ao desenhar a criança elabora e constrói experiências interiores sobre o mundo / acesso a diferente modelos / exploração de materiais diversos/ flexibilidade de tempo / momentos de fruição de suas produções e de seus pares)
- Dança e Música (permitir a improvisação e a criatividade / criar contextos em que a música e a dança sejam significadas pelas crianças)

SME/DOT – Rede em Rede: a formação continuada na Educação Infantil

  • Publicação destinada aos gestores pedagógicos, em particular aos CPs e tem como objetivo a formação do coordenador pedagógico, visando o aperfeiçoamento do trabalho realizado na Educação Infantil.
  • O CP tem o papel estratégico na formação continuada de seus professores e na construção de um trabalho pedagógico de qualidade
  • Para se contribuir com a formação continuada dos professores de EI, faz-se necessário:
- fortalecer neles a atitude de acolhimento e respeito às crianças e suas famílias;
- criar-lhes condições pra se apropriarem de diferentes linguagens presentes na expressão artística e nas brincadeiras infantis;
- ampliar-lhes o conhecimento sobre a construção dos saberes pelas crianças;
- oportunizar-lhes a reflexão sobre os conflitos que emergem da relação professor-criança e professor-família para que possam aborda-los numa perspectiva profissional.
  • Formação organizada em 3 módulos:
- observações e registros por parte do coordenador
- organização das pautas pedagógicas nos momentos coletivos, favorecendo a formação continuada
- reflexão e problematização de algumas práticas, inserindo o debate sobre a organização do tempo e do espaço na UE.
  • Pilares desta formação: Documento “Tempo e Espaços...” / Oportunizar ao coordenador desenvolver a competência do estudo para criar novas práticas e formar conceitos que favoreçam sua experiência formativa e fortaleça seu pensamento crítico, ampliando seus conhecimentos e sua capacidade de trabalhar em grupo.
  • Metodologia: procurou fomentar, por meio dos coordenadores, um olhar mais apurado dos professores sobre suas práticas.
  • Conteúdos principais de formação:
- as práticas culturais presentes no dia-a-dia
- os instrumentos metodológicos mais utilizados pelos CPs em seu trabalho com a formação continuada dos professores.
  • Cabe ao coordenador observar as práticas de registro de seus professores, tematizando-as, ou seja, discutindo e refletindo sobre as mesmas, além de observar o uso que se tem feito do acervo de leitura da UE.
  • As práticas de leitura:
- A leitura feita pelo professor favorece as oportunidades de participação das crianças na cultura escrita
- Contribuições de Piaget, Vygotsky e Emilia Ferreiro
- os professores precisam considerar a escrita como uma representação da linguagem
- Os professores precisam se apropriar do processo de aprendizagem da escrita, além de organizar adequadamente o espaço escolar, de forma que este contribua par boas situações de aprendizagens.
  • O olhar do coordenador no trabalho de formação com seus professores no que se refere a:
- música (propostas de produção, escuta e reprodução musical)
- criação plástica (o desenho não é a única possibilidade expressiva das crianças)
- brincadeira
  • As observações do brincar das crianças é um instrumento importante para o planejamento do professor. Para isso ele precisa ter em mãos uma pauta (roteiro de observação – foco)
  • Dentre as intervenções do adulto no jogo está:
- organização do tempo
- reflexão sobre os critérios de organização do tempo
- planejamento do cuidar e o educar
- dar oportunidades diárias para as crianças vivenciarem práticas socais de sua cultura.

SME/DOT – Orientações Curriculares: expectativas de aprendizagem e orientações didáticas para Educação Infantil

  • Meta da SME: Assegurar pontos comuns que auxiliem a cada equipe escolar elaborar, desenvolver e avaliar com autonomia, seu projeto pedagógico ancorando-se na concepção CUIDAR e EDUCAR.

PARTE 1
  • Ao longo de sua história, a educação infantil teve de superar seu histórico assistencialista no atendimento às crianças de famílias de baixa renda
  • Duas realidades:
- Educação Infantil privada teve como fonte de inspiração o ensino fundamental (seriação, período preparatório)
- Educação Infantil pública mantinha seu foco no cuidar (assistencialista)
  • DCNs – integração do cuidar e educar e das diversas áreas de conhecimento e dos aspectos da vida cidadã; diversidade nas propostas de atividades (dirigidas, espontâneas, coletivas e individuais)
  • DCNs propõem que as práticas culturais selecionadas pelos docentes promovam:
- um pensar criativo e autônomo
- sensibilidade
- postura ética, solidária e justa
  • Princípios básicos:
- O desenvolvimento é um processe conjunto e recíproco
- Educar e cuidar são indissociáveis de toda ação educacional
- Todos são iguais, apesar de diferentes
- O adulto educador é mediador da aprendizagem da criança
- A parceria com as famílias é fundamental.
  • Orientações didáticas gerais – buscam subsidiar a equipe de educadores a orientar seu trabalho no tocante ao:
- Projeto pedagógico
- Currículo
- Programação didática
  • A forma como o professor desempenha o seu papel é essencial na experiência de aprendizagem das crianças, já que ele é uma referência importante para ela.
  • O espaço:
- local de atividades com função de ser um espaço de vida e transformação
- deve apoiar-se no PP da UE
- estruturado e explorado de forma diversificada, ao mesmo tempo acolhedor e seguro
  • O tempo: o professor deve considerar:
- atividades coletivas
- cuidado físico
- oferecimento de atividades diversificadas e de exploração com acompanhamento do professor
- atividades dirigidas pelo professor
- momentos em que as crianças possam participar de atividades que elas mesmas iniciam
- considerar o tempo biológico das crianças
- garantir variedade e regularidade das atividades
- organizar uma rotina considerando diferentes modalidades organizativas
  • Oferecer materiais que:
- estimulem as crianças em suas brincadeiras
- favoreçam a expressão das mesmas no uso de diferentes linguagens
- trabalho delas em diferentes projetos de investigação e aprendizado
PARTE 2 – Orientações Didáticas e Expectativas de Aprendizagem
  • Etapas da Ed. Infantil:
- Berçário 1 – até 1 ano
- Berçário 2 – de 1 a 2 anos
- Minigrupo – 2 a 3 anos
- Primeiro estágio – 3 anos
- Segundo estágio – 4 a 5 anos
- Terceiro estágio – 5 a 6 anos
  • PP – construído coletivamente, organizará as experiências, dimensionando quanto e quando cada “campo de experiência” será trabalhado.
  • As atividades que visam garantir o desenvolvimento das experiências devem favorecer a autonomia e a construção de significações.
  • Aprender a relacionar-se:
- momentos coletivos merecem atenção do professor, exigindo observação e registro
- garantir interações entre crianças da mesma idade e de idades diferentes
- estabelecer relações mútuas de respeito
- internalizar regras de convivência em grupo
  • Saber de si: conhecer a si mesmas, fazendo-as perceber como agem nas situações, a expressar suas intenções, pensamentos e sentimentos, a ser um aprendiz confiante (atividades que envolvam a família, fortaleçam a identidade)
  • Experiências do imaginar e do brincar:
- o brincar é o principal modo de expressão da infância
- por meio da brincadeira, a criança explora o mundo, amplia sua percepção de si mesma, organiza seu pensamento e trabalha seus afetos.
- o importante é o professor compor um conjunto de atividades lúdicas que promovam a cultura infantil por meio das modalidades organizativas
  • Explorar o mundo pelo movimento
  • Explorar o próprio corpo pelo movimento:
- a cultura corporal oferece um amplo repertório que incrementa as interações sociais
- as possibilidades expressivas do corpo são especialmente trabalhadas por meio da dança, a criança precisa de oportunidades de criar movimentos
- as músicas de diferentes gêneros também favorecem diferentes respostas motoras.
  • Experiências de exploração da linguagem verbal:
- linguagem verbal se expressa de forma oral ou escrita, ambas são regidas por normas próprias, construídas nas diferentes práticas sociais de comunicação entre os homens
- retomada do trabalho de Emilia Ferreiro e Vygotsky sobre a escrita
- as expectativas de aprendizagem nesse campo consideram os seguintes aspectos:
* a criança aprende a fazer uso da linguagem usando a própria linguagem, cabe ao professor dar visibilidade a seus usos e propósitos sociais
* a criança lê sem saber ler e a possibilidade de fazê-lo não convencionalmente lhe permitirá se apropriar da forma convencional
* a leitura desempenha um papel fundamental no percurso de construção da escrita
* o conhecimento conceitual da escrita manifesta-se nas práticas de determinados procedimentos, por isso os conteúdos aparecem entrelaçados.
- situações formais de comunicação – vivenciar situações mais organizadas de comunicação, onde elas antes planejem o que vão dizer.
- orientações didáticas:
* conhecer narrativas literárias de desenvolver comportamentos leitores
* diferenciar a linguagem que se escreve da linguagem que se fala
* garantir rodas de leitura
* hora da história e recontos
* manifestar oralmente suas preferências literárias
* fazer rodadas de leitura crítica, recomendando livros que a turma mais gosta para outras turmas
* leitura de versões diferentes do mesmo conto, percebendo a diferença de linguagem
  • Experiências de exploração da natureza e da cultura: a educação infantil deve ser um espaço onde a curiosidade que as crianças têm sobre o mundo físico e social as leve a construir idéias, raciocínio, comparações e significações que s aproxime dos saberes das ciências, aprendendo pela observação, questionamento e pela experimentação.
  • Experiências de apropriação do conhecimento matemático:
- assim como na escrita, as crianças operam com esse conhecimento em sua rotina
- vão construindo seus conhecimentos matemáticos e vão elaborando hipóteses que são revistas e reformuladas
- situação-problema:
* estabelecer uma meta clara
* usar os conhecimentos que já dispõe
* buscar solução por vários caminhos
* troca de informações sobre o que já se descobriu ou o modo como se resolveu a situação
  • Organização do tempo didático – os documentos propõem que a rotina organizada nas escolas favoreça o trabalho com as diferentes formas de linguagem, por meio do trabalho com:
- linguagem visual
- linguagem musical
- linguagem teatral
- além dos demais campos de experiências já explicitados
  • O documento espera subsidiar a formação continuada dos professores de EI, bem como o aprimoramento das práticas pedagógicas.


SME/DOT – Projeto Intensivo no Ciclo I – PIC

  • Material do professor – volumes 1, 2 e 3

O QUE É COMUM AOS 3 VOLUMES:
  • PIC se propõe a:
- reorganizar a estrutura e funcionamento das classes do 4º no Ciclo I
- permitir organizar salas com até 35 alunos que tenham repetido o ano
- ser um material de apoio às ações em sala de aula
- garantir que TODOS os alunos sintam-se capazes e possam aprender a ler e escrever
  • Expectativa: O material é um apoio, o professor é o autor do trabalho, e o sucesso dos alunos depende de muitos fatores, entre eles a organização das duplas de trabalho, do seu modelo como leitor, da sua avaliação
  • Organização e planejamento do material – 3 modalidades didáticas:
- Projetos
- Seqüências de atividades
- Atividades habituais
  • Atividades de Língua Portuguesa e Matemática
- todos os volumes tem rotinas, alternando-se a periodicidade
- todos os volumes tem seqüências de atividades, expectativas de aprendizagem, avaliação do professor e do aluno

AS ESPECIFICIDADES DE CADA VOLUME:
VOLUME 1
  • Orientações gerais sobre o uso do material
- preenchimento dos dados no livro do aluno
- leitura da proposta da atividade pelo professor
- saber o que os aluno sabem sobre o sistema de escrita (sondagem)
- avaliação do professor e do aluno
- uso da letra
  • Realização da atividade em dupla ( agrupamentos produtivos )
  • Auto avaliação
  • Leitura em voz alta de textos literários pelo professor para os alunos
  • Atividades e orientações de Língua Portuguesa
  • Atividades e orientações de Matemática
- a aprendizagem da matemática se constrói pelo seu uso à medida que o alunos tem oportunidade de participar de situações-problema em que se sintam estimulados a utilizar as formas de representação que consideram válidas, a confronta-las com aquelas empregadas por outros membros da turma e a discutir a eficácia comunicativa das diversas representações que usam.
- os alunos são convidados a expressar livremente o que pensam, é natural que surjam algumas soluções incorretas. A intervenção do professor é importante para que haja um clima de respeito na sala de aula e os alunos se sintam confiantes para que possam localizar seus erros e reorganizar os dados em busca de uma solução correta
- atividades propostas: leitura e escrita de números, valor posicional, leitura de gráficos, cálculo mental, operações e uso da calculadora.
VOLUME 2
  • Saber o que os alunos sabem sobre o sistema de escrita # saber o que os alunos sabem sobre a linguagem escrita
  • Auto – avaliação e avaliação do professor sobre a postura do estudante
  • Leitura em voz alta para o professor – Para gostar de ler
- Um equívoco comum consiste em pensar que, quando os professores lêem, os alunos aprendem apenas o que ouvem, ou seja, a história, as informações que estão sendo lidas. Entretanto, a aprendizagem dos alunos é muito mais ampla e significativa. Ao ouvir o professor ler, eles podem aprender as formas como as pessoas utilizam a leitura para deleite, testemunhar comportamento de leitor e compartilhas práticas sociais de leitura.
- Ao tornar as práticas de leitura um dois eixos do trabalho com a língua, a escola toma para si a responsabilidade de inserir os alunos na comunidade de leitores.
  • As atividades de língua portuguesa estão organizadas da seguinte forma:
- Para gostar de ler
- Atividades diversas de leitura e escrita
- Roda do jornal
- Roda de curiosidades
- Roda de leitura
- Diário
  • Projeto Didático
  • Atividades e orientações de Matemática
VOLUME 3
  • Orientações idênticas aos volumes anteriores
  • Alterou a periodicidade, mantendo os mesmo tipos de atividades
  • Expectativas de aprendizagem pra Leitura, Escrita e Linguagem oral
  • Matemática
- Saber matemática, nessa etapa de escolarização é, principalmente, saber usa-la como instrumento de leitura, interpretação e melhoria das relações do mundo no qual se vive
- Ensinar matemática é criar situações didáticas que dêem condições ao aluno de acionar seu pensamento, pondo em jogo seus conhecimentos, descobrindo que quando eles não são suficientes é preciso buscar novas alternativas e novos procedimentos, retomar idéias e opiniões para atingir um maior grau de conhecimento.
- Aprender matemática é envolver-se em uma atividade intelectual que instrumentaliza aquele que aprende para: explicar os caminhos percorridos para solucionar os problemas em linguagem que possa ser compreendida por todos; desenvolver uma linha de pensamento que sustente uma argumentação, indo além da emissão de uma opinião; considerar o que colegas e professores dizem; escutar para aprender e questionar as escolhas feitas, as idéias lançadas, para mudar de opinião
  • Maior sistematização dos conteúdos
  • Preocupação com a transposição didática

SME/DOT – Toda força ao 1º ano – Guia de planejamento – Orientação para o planejamento e avaliação do trabalho com o 1º ano do Ensino Fundamental – Ciclo I

  • Meta: reverter o quadro de fracasso escolar associado à alfabetização.
  • Estratégias:
- Junto a cada professor do 1º ano um auxiliar, estudante de Pedagogia, para ajudar o professor na alfabetização;
- Publicações das metas de aprendizagem no documento Orientações Gerais para o Ensino de Língua Portuguesa no Ciclo I;
- Publicação de diversos materiais;
- Formação de CPs;
- Formação de professores em horário de trabalho coletivo.
  • Desafio – formação plena de alunos leitores e escritores.
  • O guia pretende ser um facilitador do planejamento, desencadeador de um novo olhar perante as práticas pedagógicas.
  • Esclarecimentos ao professor:
- o uso do guia está vinculado à sua formação
- o planejamento do trabalho e fruto de um processo coletivo
- estudar e refletir sobre vários assuntos relacionados à aprendizagem da escrita, da leitura e da comunicação oral.
  • Concepções de alfabetização:
- A língua é um sistema discursivo que se organiza no uso e para o uso, escrito e falado, sempre de maneira contextualizada, nos diferentes textos.
- Compreender a diferença entre a escrita alfabética e outras formas gráficas, o conhecimento do alfabeto, a forma gráfica das letras e seus nomes, dominar convenções gráficas.
- Os saberes sobre o sistema de escrita, bem como aqueles sobre a linguagem escrita, podem e devem ser trabalhados de forma concomitante.
- Crescente possibilidade de participação nas práticas que envolvem a língua escrita e que se traduz na sua competência de ler e produzir textos dos mais variado gêneros, de apreciação de obras literárias à análise de bons artigos.
  • Metas de aprendizagem para o 1º ano do Ciclo I
Comunicação Oral
Práticas de Leitura
Práticas de Escrita
- Participem de situações de intercâmbio oral, ouvindo com atenção e formulando perguntas sobre o tema tratado.

- Apreciem textos pertencentes a diferentes gêneros (orais ou escritos), lidos autonomamente ou lidos por um adulto, recontem histórias conhecidas, recuperando algumas características do texto ouvido ou lido.
- Leiam, com ajuda do professor, diferentes gêneros (notícias, instrucionais, informativos, contos, entre outros), apoiando-se em conhecimentos sobre o tema do texto, as características de seu portador, do gênero e do sistema de escrita.

- Leiam, com autonomia, placas de identificação, nomes, parlendas, adivinhas, poemas, canções, trava-línguas, listas, manchetes de jornal, entre outros.
- Escrevam alfabeticamente textos que conhecem de memória (parlendas, adivinhas, poemas, canções, trava-línguas, etc), ainda que não segmentando o texto em palavras.

- Escrevam textos de autoria (listas, bilhetes, cartas, entre outros) individual, em duplas ou ditando para o professor.

- Reescrevam textos (lendas, contos, etc) de próprio punho ou ditando-os para o professor ou colegas, considerando as idéias principais do texto-fonte e algumas características da linguagem escrita.

  • É fundamental que o professor:
- leia textos literários todos os dias
- seja um modelo de leitor
- proponha atividades nas quais os alunos ditam o texto e o professor escreve
- planeje, escreva e revise – as etapas do processo de produção de texto
- alfabetize e avalie sondagem
  • Sondagem – um instrumento para o planejamento do professor, pois permite avaliar e acompanhar avanços e a turma, promover a definição das parcerias de trabalho (agrupamentos) e para fazer boas intervenções junto aos alunos.
  • Sobre rotina:
- Organizar uma rotina semanal de leitura e escrita é fundamental para orientar o planejamento e o cotidiano da sala de aula
- Releva as intenções educativas do professor
- Deve contemplar situações didáticas de reflexão sobre o sistema de escrita alfabético e a apropriação da linguagem que se escreve.
  • Situações didáticas que a rotina deve contemplar:
Situação Didática
O que é importante cuidar e observar ( é o eixo de trabalho do CP)
Leitura realizada pelo professor
- Oferecer textos de qualidade literária em seus suportes reais.
- Ler com diferentes propósitos.
Análise e Reflexão sobre o sistema de escrita
- Organizar agrupamentos produtivos.
- Garantir momentos de intervenções pontuais com alguns grupos de alunos.
- Solicitar a leitura (ajuste) do que é lido e/ou escrito pelo aluno.
Comunicação Oral
- Observar com atenção como as crianças se comportam numa situação em que têm de ouvir e falar uma de cada vez.
- Identificar quais crianças precisam serem convidadas a relatar, expor, etc.
Produção de texto escrito
- Envolver os alunos com escritas pré-silábicas na atividade – produzindo oralmente, ditando para o professor ou o colega.
Leitura realizada pelo aluno
- Ler várias vezes um mesmo texto com diferentes propósitos.
- Garantir que conheçam o conteúdo a ser explorado.
- Antecipar as informações que o alunos vão encontrar nos diferentes textos.

  • A avaliação deve ser um processo formativo, contínuo, que não necessita de situações distintas das cotidianas. Dois modelos que se pode utilizar:
- Avaliação das aprendizagens dos alunos
- Análise do planejamento e do ensino.
  • Intervenções do professor na formação das duplas:
- é fundamental conhecer as hipóteses de escrita de seus alunos
- o uso da sondagem é determinante para o sucesso da atividade.
  • Expectativas de aprendizagem para o final do 1º ano:
    Leitura
    Escrita
    Comunicação Oral
    - Ler diferentes gêneros com a ajuda do professor.
    - Ler com autonomia placas de identificação, nomes, parlendas, adivinhas, poemas, canções, trava-línguas, lista e manchetes de jornal, entre outros textos
    - Escrever alfabeticamente texto que conhece de memória.

    - Escrever textos de autoria.

    - Reescrever textos.
    - Participar de situações de intercâmbio oral.

    - Apreciar textos pertencentes a diferentes gêneros.
  • O que fazer com os alunos que parecem não aprender?
- Dedicar maior atenção àqueles alunos cujos resultados não correspondem às expectativas de aprendizagem;
- Acompanhamento diferenciado e próximo;
- Intervenção constante e direta do professor;
- Incentiva-los a continuar manifestando suas idéias;
- Relação que estabelece com a criança e com o que lê produz é fundamental;
- Intervenções mais explícitas.

SME/DOT – Guia de planejamento e orientações didáticas para o professor do 2º ano – Volumes 1 e 2.

  • Contém situações diferenciadas de análise e reflexão sobre a língua, com ênfase na ortografia, produção de textos e revisão, desenvolvimento de um projeto didático e comunicação oral. Procurou-se garantir a diversidade de gêneros textuais e as práticas sociais vinculadas a eles com foco na aprendizagem.
  • Novidades – a inclusão de conteúdos e orientações de Matemática (abordados a partir de situações-problema.)
  • As práticas sociais de leitura e de escrita na escola:
- Ler é, acima de tudo, atribuir significado.
- A escrita é usada nas mais variadas situações. Com diferentes intenções, e para nos comunicarmos com distintos interlocutores.
  • Função da escola: Trazer para a escola a escrita e a leitura que acontecem fora dela e incorporar na rotina a leitura feita com diferentes propósitos, bem como a escrita produzida com distintos fins comunicativos, para leitores reais.
  • Concepções de Ensino da Matemática: Interpretar, analisar, discutir e ajudar todos os alunos a constituir uma comunidade investigativa na qual os problemas sejam resolvidos e as idéias sejam discutidas e retomadas para se atingir um novo grau de conhecimento.
  • Expectativas de aprendizagem para o 2º ano do Ciclo I
- Domínio pleno da escrita, sem omitir ou trocarem letras e manifestando poucos problemas de ortografia e pontuação.
- Temos que definir metas e objetivos possíveis.
- Saber escrever corretamente é somente uma das habilidades requeridas para que se tornem reais usuários da língua escrita e falada, podendo se comunicar oralmente e por escrito nas várias situações sociais em que forem chamados a participar.
  • O professor deve:
- Traçar metas para aprimorar a escrita de seus alunos
- Planejar o trabalho de maneira a ampliar o conhecimento que eles possuem sobre os textos e seus usos.
- Estreitar o contato das crianças com a cultura escrita
- Torna-los, os alunos, cidadãos plenos.
  • Elenca as expectativas de aprendizagem para o final do 2ª ano, tanto de Língua Portuguesa, como de Matemática
  • Ensinar e Avaliar = concepções combinadas / processos diferentes
  • O professor deve, intencionalmente:
- Avaliar se a organização dos alunos favoreceu o desenvolvimento da atividade
- Analisar se a organização do espaço no qual a atividade foi desenvolvida favoreceu o desenrolar da atividade
- Observar se conseguiu organizar todo o material antes de iniciar a atividade e se isso favoreceu seu desenvolvimento
- Analisar se a explicação inicial foi suficiente
- Observar as questões levantadas pelos alunos durante a atividade e as respostas dadas por você
- Observar se o tempo reservado foi suficiente
- Refletir sobre estes e outros itens, para que possa concluir o que é preciso mudar e providenciar as alterações necessárias no próximo planejamento.
  • O professor precisa fazer sondagens para verificar:
- os conhecimentos que têm a respeito da escrita dos números
- quais estruturas aditivas e que classe de problemas eles costumam utilizar
- quais recursos utilizam em geral pra representar os cálculos que fazem.
  • A matemática na sala de aula deve contemplar tanto a produção, a interpretação e a análise de escritas numéricas como os cálculos no campo aditivo.
  • Intervenções do professor devem ter objetivos diferentes:
- favorecer a compreensão da tarefa
- informar
- criar situações desafiadoras para cada aluno.
  • É fundamental que os instrumentos de avaliação subsidiem o professor a compreender não só que conteúdos os alunos já aprenderam, mas também a dar informações sobre como eles estão resolvendo problemas, como utilizam a linguagem matemática para comunicar suas idéias, se conseguem argumentar sobre a escolha de um caminho para resolver uma situação-problema. Tudo isso deve auxiliar você a identificar os objetivos que foram atingidos e aqueles que precisam ser revistos e replanejados para que os alunos continuem aprendendo.
  • Critérios para escolha de livro para a leitura do professor:
- Leia textos que eles não leriam sozinhos
- Escolha textos cuja história você aprecie
- A qualidade literária do texto é importante
- Evite utilizar histórias que sirvam para dar alguma lição de moral ou dar alguma mensagem. Uma boa história permite que cada leitor a interprete de seu modo, gerando múltiplos significados.
- Interromper a leitura em momentos que criem expectativa, pedir que os alunos façam antecipações.
  • Ao analisar as produções escritas dos seus alunos, o professor terá acesso a valiosas informações sobre o que cada um já sabe sobre a escrita correta e o que ainda falta aprender. A análise das produções de todo o grupo permitirá que você faça um mapa das principais questões que ainda precisam ser abordadas para que a turma escreva cada vez melhor, aproximando-se da escrita convencional.





















AUTORES

FERREIRO, Emilia – Com todas as letras

  • Alfabetização de crianças na última década do século XX: investimentos na educação para todos.
  • A expansão da escolaridade deu-se à custa de sua qualidade.
  • Repetência muito elevada – inclusive no Brasil. Soluções: promoção automática (deslocar o funil da repetência) / Serviços de atendimento especializado (função discriminatória)
  • Aspectos qualitativos da alfabetização:
- baixa qualidade educativa com oferecimento de uma alfabetização mínima
- superação da visão da leitura e escrita como técnica (codificação/decodificação)
- dilema da alfabetização de adultos
  • Muitas vezes, a alfabetização inicial é contraditória e estereotipada, desconsiderando-se sua função comunicativa.
  • A ênfase na em atividade como a cópia descaracteriza a finalidade da língua escrita.
  • Investimento no uso da memorização e reprodução de modelos e não no raciocínio e na criatividade
  • Faz-se necessário: Compreensão das funções sociais e organização das variadas formas de registros nos múltiplos objetos sociais.
  • Dificuldades desnecessárias e seu papel discriminador – os adultos dificultam a compreensão das crianças sobre a escrita e sobre a língua oral
  • Produção de materiais para facilitar a alfabetização:
- materiais destinados aos professores (de formação e atualização – não pautado em modismos)
- materiais para leitura (não para aprender a ler) – ambiente alfabetizador
- materiais para alfabetizar como cartilhas – tem funções contrárias às comunicações, são desprovidas de sentido
  • Atendimento à população de 4 a 6 nos em relação à alfabetização – as políticas educacionais destinadas a esse segmento optaram por 2 posições extremas:
- antecipar a iniciação da leitura (período preparatório)
- evitar o contado da criança com a língua escrita
  • Propostas de alfabetização – experiências alternativas
- A leitura como forma de aprendizagem do novo ( com sentido)
- Permitir que as crianças escrevam a partir de suas hipóteses
- Garantir interações das crianças com a língua escrita, por meio de texto variados
- evitar a correção gráfica ou ortográfica antes da escrita alfabética
- contato com o próprio nome, o quanto antes
  • As políticas de alfabetização – tem tratado a questão do analfabetismo de forma equivocada. O estado tem delegado ao setor privado suas obrigações / Os discursos oficiais reforçam nos analfabetos o sentimento de inferioridade
  • É preciso modificar a própria concepção de alfabetização
  • Problemas teóricos – concepção tradicional X concepção construtivista - pré-requisitos X conhecimentos prévios
  • A construção da escrita da criança – as crianças constroem hipóteses sobre a escrita, te se apropriarem de seu caráter quantitativo e qualitativo.
  • As crianças precisam primeiro entender os princípios fundamentais do sistema alfabético e só depois devem se apropriar do que não é alfabético, com a ortografia.
  • O que se reconstrói? No esforço de se apropriar do sistema de escrita as crianças precisam ser desafiadas a escrever, pois assim, podem fazer diferenciações que permitem a reconstrução escrita.

WEISZ, Telma & SANCHEZ, Ana – O diálogo entre o ensino e a aprendizagem

  • Objetivo do livro: discutir alguns aspectos essenciais das mudanças em curso na educação, tendo como referência a concepção construtivista.
  • Questões desafiadoras:
- Por que, diante de uma mesma situação, um aluno aprende e outro não?
- O que fazer com a sensação de cegueira profissional?
- O que aprenderam comigo – ou apesar de mim – os meus alunos?
- Como interpretar as ações das crianças e do professor?
- Como fazer pra que as crianças tenham sucesso?
  • As cartilhas e sua metodologia contribuíram para o fracasso escolar, só serviam para ensinar as crianças silábicas
  • As crianças pobres iniciavam sua escolarização em condições muito menos vantajosas do que as que participavam de práticas sociais letradas desde pequenas
  • Reconhecer os conhecimentos prévios dos alunos – salto importante
  • Dominar os conhecimentos produzidos na área do ensino e da aprendizagem ajuda a melhorar as práticas pedagógicas
  • Concepção construtivista – o conhecimento é visto como produto da ação e reflexão do aprendiz
  • Nenhum conhecimento nasce conosco (inatismo) ou é importado de fora ( empirismo)
  • Construção de um novo olhar – Piaget / Emilia Ferreiro
  • Críticas a Escola Nova
  • Levar os alunos a aprenderem a aprender, dar-lhes fundamentos acadêmicos e equalizar as diferenças enormes de repertório com que chegam à escola.
  • Importante que os alunos:
- vivenciem os usos sociais que se faz da escrita
- convivam com diferentes gêneros textuais
- percebam a linguagem adequada a diferentes contextos comunicativos
- é possível aprender sobre a língua escrita mesmo sem poder ler e escrever com autonomia
  • Para se reconhecer o que as crianças sabem sobre a escrita, precisamos conhecer suas hipóteses de escrita. Este é um conhecimento importante para que o professor possa saber quais intervenções realizar com cada um de seus alunos, ajudando-os a avançar.
  • A criança e o erro – aprender é reconstruir suas idéias lógicas
  • O conhecimento se constrói quando é garantido o aluno criar hipóteses, checa-las, testa-las e reconstruí-las, se necessário.
  • Cabe a escola, por meio de seus professores, garantir às crianças o acesso o mundo cultural que as cerca.
  • Não é possível formular receitas prontas. O professor precisa ter autonomia intelectual.
  • Pra entender a atuação do professor, precisamos compreender os seguintes aspectos expressos em sua prática:
- O conteúdo que ele espera que o aluno aprenda
- O processo de aprendizagem empreendido
- Como ele acredita que deve ser o ensino
  • Para mudar é preciso reconstruir a prática pedagógica a partir de uma nova concepção, evitando:
- ficar mudando de concepção a todo momento, frente a qualquer modismo
- evitar assimilações deformantes
- achar que como o aluno constrói seu próprio conhecimento, então não cabe ao professor fazer nada.
  • Conhecimento prévios X pré- requisitos
  • Cuidado para não cair nas tentações de acreditar:
- que não devemos corrigir o aluno
- que o erro deve ser evitado a qualquer custo
- que se deva simplificar ao máximo as atividades
  • Metodologia das cartilhas: língua como transcrição da fala, famílias silábicas, “estalo”, investimento na cópia, primeiro leitura mecânica e depois compreensiva, constante checagem das aprendizagens ( ditado, provinha...)
  • Boas situações de aprendizagem devem garantir:
- que os alunos ponham em jogo tudo o que sabem
- que os alunos tenham problemas a resolver
- que a organização da tarefa garanta a máxima circulação de informação possível
- que o conteúdo trabalhado mantenha suas características de objeto sociocultural real
  • Corrigir ou não? É necessária desde que no momento certo – boas intervenções podem ajudar o aluno a avançar
  • Bons usos da avaliação – formativa ou processual
  • Garantir que TODOS aprendam
  • Formação continuada
- o professor precisa repensar sua prática
- tematização das práticas
- o professor precisa registrar seu trabalho e refletir por meio desses registros

FERREIRO, Emília – Reflexões sobre a alfabetização

  • Objetivo do livro: demonstrar que a escrita é um sistema de representação da linguagem, e não uma transcrição da fala.
  • Princípios defendidos pela autora:
- A criança é um ser inteligente e ativo que reinventa o sistema de escrita a partir da construção de hipóteses que são testadas e substituídas por outras.
I – a criança diferencia a escrita do desenho
II – a criança diferencia o que está escrito e o que se pode ler
- A partir do contato com o mundo da escrita a criança vai buscando construir respostas às manifestações da língua escrita.
  • A aquisição da escrita é uma elaboração pessoal de cunho conceitual que não pode ser controlada cronologicamente
  • A distância da informação é a linha que separa um grupo social de outro e não fatores puramente cognitivos.
  • A evolução da escrita infantil
- 1º período: distinção entre o modo icônico e não-icônico
- 2º período: construção de formas de diferenciação (critérios quantitativos e qualitativos – intrafigural e interfigural)
- 3º período: fonetização da escrita (começa com o período silábico e culmina no período alfabético)
  • Métodos tradicionais de alfabetização:
- desconsideram as elaborações infantis a respeito da língua
- alunos como seres passivos
- enfatizam a cópia e memorização
- conteúdos são considerados de natureza factual e procedimental e não conceitual
  • Idéias centrais:
- o fácil e o difícil não podem ser definidos pela ótica do adulto
- é preciso diferenciar os métodos ou procedimentos de ensino, pois eles estão pautados em diferentes concepções
- escrever não é copiar
- ler não é decifrar códigos
- a criança deve aprender a ler lendo, e a escrever escrevendo
- o aluno deve ser visto, pelo seu professor, como alguém que pensa o tempo todo, que coloca questões, que estabelece relações.
  • A proposição de Emília Ferreiro
- seu trabalho revolucionou os conceitos e idéias sobre o processo de avaliação
- ela não construiu um método, mas investigou como as crianças aprendem a ler e a escrever
- é preciso mudar nosso olhar sobre a língua escrita e sua aprendizagem e o primeiro passo nessa direção é ver o aluno como um ser humano capaz de aprender.

SOLÉ, Isabel – Estratégias de leitura

  • Objetivo do livro: Explicitar e promover a utilização das estratégias de leitura, favorecendo aos alunos sua autonomia e competência leitora.
  • Premissas:
- ler, compreender e interpretar diferentes textos favorece a autonomia das pessoas
- diante da leitura, o leitor é um agente ativo
- os alunos se apropriam das estratégias adequadas através das intervenções do professor
- a leitura deve estender-se ao longo de todo o período de escolaridade
- a responsabilidade pelo ensino da leitura é de todas as áreas do conhecimento
- aprender a ler e escrever é um processo complexo e demanda envolvimento daqueles que assumem o papel de alfabetizadores.
  • O livro divide-se em 2 partes:
- Aprendizagem da leitura
- Ensino das estratégias de leitura
  • O que é ler? Ler é atribuir sentido, por meio de um processo ativo de interação entre leitor e texto
  • Toda leitura é sempre intencional, lemos sempre motivados por uma finalidade
  • A leitura é o processo mediante o qual se compreende a linguagem escrita
  • Processo de leitura ( modelo ascendente e descendente)
  • Estratégias de leitura: São recursos que todos os leitores utilizam para dar sentido ao que lêem e são de natureza procedimental
- Seleção
- Inferência
- Antecipação
- Checagem
- Decodificação
  • Para ler, utilizamos simultaneamente as estratégias de leitura
  • Ler de forma competente – é procurar um sentido e questionar algo escrito a partir de uma realidade
  • Hipóteses de leitura:
- idéias que as crianças tem sobre o que está escrito e do que se pode ler
- soluções encontradas pelo aluno
- de natureza conceitual
- evoluem de acordo com as oportunidades de contato com a escrita em práticas sociais
  • O problema da leitura na escola não se situa apenas no método, mas na própria concepção de leitura
  • As crianças precisam aprender que lemos diferentes textos por diferentes motivos e de diferentes formas
  • Por meio da leitura o professor deve:
- ativar os conhecimentos prévios dos alunos
- estabelecer os objetivos da mesma
- esclarecer dúvidas
- prever e estabelecer inferências
- sintetizar
- questionar
- estabelecer relações com outros textos
  • O professor deve exercer o papel de guia favorecendo por meio de boas atividades e intervenções o ensino das estratégias de compreensão leitora
  • Seqüência didática para ensino da leitura:
- levantamento dos conhecimentos prévios
- partir daquilo que a criança já sabe
- utilizar a leitura como fonte de aprendizagem e saber
- ensinar os alunos a buscar o sentido dos textos lidos
- ser ativo diante das propostas de leitura, interrogando-se sobre os conteúdos dos textos lidos
  • Ensinar estratégias para compreensão de textos, favorecendo:
- a compreensão dos propósitos das leituras propostas
- o acionamento dos conhecimentos prévios
- a chamada de atenção para a parte essencial do texto
- a elaboração de hipóteses, previsão e conclusão durante as leituras
  • O ensino do resumo na sala de aula
  • Ensinar a ler exige observação sistemática e ativa dos alunos e planejamento das intervenções que serão realizadas, como requisitos para se estabelecer em sala de aula, como requisitos para se estabelecer em sala de aula boas situações de aprendizagem, que atendam a TODOS OS ALUNOS, com diferentes saberes.
  • Ensinar a ler é compartilhar objetivos, tarefas e os significados construídos em torno da leitura.

OLIVEIRA, Zilma Ramos de – Educação Infantil: fundamentos e métodos

  • A autora é mentora dos documentos de Ed. Infantil de SME
  • É piagetiana, ou seja, trabalha com a perspectiva desenvolvimentista
  • Espaço: indivíduos + objetivos – conjunto de relações que devem ser percebidas, reconhecidas e representadas mentalmente
  • Para que este indivíduo se desenvolva é preciso que se aproprie de linguagens cognitivas mais complexas existentes em seu entorno cultural
  • O desenvolvimento da motricidade: a motricidade se desenvolve também por meio da manipulação de objetos de diferentes formas, cores, volumes, pesos e texturas. Nesse esforço, a criança se desenvolve.
  • O desenvolvimento lingüístico:
- construir linguagem é uma característica humana
- ter clareza de que a aquisição da linguagem é um processo sócio-histórico
- Em torno de 8 a 10 meses forma-se: habilidades necessárias à emergência da competência lingüística
- De 11 a 13 meses: produção das primeiras palavras
- Em torno de 20 meses: experimenta a possibilidade de generalizar os vocabulários que domina
- 4 a 5 anos: domina o essencial do sistema fonológico, conhece o sentido e as condições de uso de muitas palavras em sua cultura
- A partir dos 5: domínio de certas estruturas mais complexas
  • A construção do pensamento infantil
- aprendizagem inicia com uma participação imitativa sincrética, onde o professor empresta à criança suas funções psicológicas
- a construção social dos conhecimentos em ambientes socioculturais específicos depende da comunidade e dos ambientes de aprendizagem
- pra a criança pequena, a palavra não tem ainda força para dirigir seu pensamento
- Origem do pensamento e da linguagem: pensar sensório-motor (pegar para ver e sentir) + linguagem não cognitiva ( balbucios) = formação do pensamento discursivo
- a experiência da criança parece mesclada com seus desejos, lembranças e rotinas. Assim, o tentarem responder sobre o significado de uma palavra que lhes é apresentada, as crianças muitas vezes reúnem elementos de experiências anteriores e os ajustam a aspectos distintivos de cada situação.
- No processo educativo, as iniciativas das crianças de atribuir sentido são confrontadas não apenas com aspectos perceptivos dos objetos e com relações que elas podem cognitivamente estabelecer com base neles, mas também com associações e explicações de senso comum, mitos ou representações sociais, discursos científicos, religiosos, etc...
- Devemos transformar s formas como as práticas educativas são pensadas e considerar a interação social como o elemento mais importante para promover oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento.

BARBOSA, Maria Carmen Silveira – Por amor e por força – rotinas na Educação Infantil

A ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE
  • Ambiente: mediador cultural / é um espaço construído, que se define nas relações, organizado simbolicamente.
  • Um mesmo espaço físico pode resultar em ambientes diferentes
  • A noção do espaço é construída sócio-historicamente, é constituída e constituidora dos seres humanos.
  • O sujeito, neste ambiente, deve: adaptar-se / reconhecer-se / ter rotina
  • A organização do ambiente traduz uma maneira de compreender a infância, de entender seu desenvolvimento e o papel da educação e do educador.
  • Projetar um ambiente, interno e externo, que favoreça as relações entre as crianças, as crianças e os adultos e as crianças e a construção das estruturas de conhecimento.
  • Quanto mais o espaço estiver organizado em arranjos, mais ele será desafiador e auxiliará na autonomia das crianças.
  • Os ambientes das instituições de educação infantil possuem algumas variantes e invariantes arquitetônicas. As variantes estão vinculadas às concepções pedagógicas escolhidas
  • Organizar-se e utilizar seu ambiente coletivamente e com cuidado são aprendizagens da educação infantil.
  • Os espaços são utilizados de acordo com as rotinas propostas. Muitas vezes, as crianças ficam durante todo o dia em um único espaço, que apenas se transforma ao longo do dia pela organização do tempo. Em outras instituições, a rotina, para se desenvolver, utiliza-se de diferentes ambientes, como refeitório, pátio, biblioteca, sala de artes e outros, estruturando-se com maior referência nas diferentes formas de ocupação do espaço.
  • As rotinas diversificam-se em espaços mais complexos.
OS USOS DO TEMPO
  • O uso do relógio na escola infantil representa essa introdução ao mundo esterno, ao mundo dos adultos. O tempo e o espaço podem ser analisados como fontes de poder social.
  • A construção do tempo é vista como uma aquisição psicológica e sociocultural.
  • A existência de um seqüência temporal e outra característica da educação infantil.
  • Em muitas rotinas, encontramos horários definidos para certos procedimentos. É importante ressaltar que quando as crianças gostam de uma atividade, dão significado a ela, são capazes de ficar muito tempo envolvidas.
  • Um dos objetivos centrais da temporalização da vida das crianças está relacionado à estruturação do tempo coletivo, mas deve-se fazer isso sem deixar de respeitar os tempos pessoais.
  • É preciso urgente, aderir a um planejamento móvel do tempo, rompendo com a organização puramente burocrática.
A SELEÇÃO E A OFERTA DE MATERIAIS
  • Goldschmied – as crianças bem pequenas necessitam não somente atenção física, mas, também, relações humanas e estímulos materiais que ativem a sua grande capacidade de desenvolvimento mental.
CONCLUSÃO
  • A educação ocorre, principalmente, pelo tipo de experiências que as crianças realizam, pelo tipo de relação que estabelecem com outras crianças e adultos, pela diversidade do ambiente e dos materiais disponíveis.
  • Ampliar o repertório de materiais escolhidos pelos educadores, adequados às crianças, é um elemento que pode ampliar a variedade das atividades das rotinas, dar tranquilidade ao educador para poder criar novas ações e não repeti-las, fazer com que as crianças possam estar mais envolvidas nas suas ações, realizando brincadeiras coletivas e individuais.


OSTETTO, Luciana (org.) – Educação Infantil – Saberes e fazeres da formação de professores

  • O texto mostra 2 experiências de estágio na Educação Infantil.

EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO COM CRIANÇAS DE 8 MESES A 2 ANOS
  • Objetivo: compartilhar vivências com os pequeninos.
  • Rotinas com as crianças bem pequenas – não deve estar associada à produção e sim à experimentação.
  • Uma das primeiras formas de “linguagem da criança” é a utilização do movimento do seu corpo para “dialogar” com o outro. É a busca do estar em comunicação, que é uma manifestação humana.
  • Foco da reflexão: estratégias que favorecem a interação entre criança e criança, criança e estagiária e criança e meio, afim de proporcionar, a todos os envolvidos, novas experiências.
  • A prática pedagógica com bebês tem características muito particulares; para lidar com crianças dessa faixa etária é preciso construir vivências significativas, evolvendo a exploração com todos os sentidos.
  • Reavaliar a prática – acompanhar e registrar
  • Situações significativas pode surgir em todas as ações e relações desenvolvidas com as crianças e, principalmente, que elas não aprendem unicamente na “hora da atividade”
  • A prática com os bebês é marcada pela sutileza
  • Estar atento ao que eles nos indicam por meio de suas manifestações / reações é alfabetizar-se nas diversas linguagens dos bebês, buscando melhor entende-los e ouvi-los, são atitudes essenciais a quem realiza trabalhos com crianças ainda tão pequenas.
  • O espaço não é apenas físico, é ambiente de vida, de relações e de trocas.
  • 3 elementos importantes para as experiências significativas: imitações, interações e criações.
  • Ter o olhar atento às necessidades das crianças foi o que nos permitiu transformar aquilo que inicialmente parecia um “pesadelo” (planejamento das propostas para os bebês) em algo significativo, prazeroso e até mesmo divertido. Aprender a “olhar o outro” (crianças), desprendendo-nos dessa cultura voltada para o “eu” (adulto), foi sem dúvida nenhuma a maior da conquistas adquiridas ao longo do estágio.

EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO COM CRIANÇAS DE 3 A 5 ANOS
  • Destaque de observação no estágio – Como a escrita pode ser contemplada na Educação Infantil, considerando a curiosidade das crianças?
  • Há lugar para a linguagem escrita na EI, claro, pois vivemos numa sociedade letrada, que faz uso da leitura e da escrita em seu cotidiano. Isso não quer dizer que devamos ensinar “as letras” para as crianças desde a tenra idade, como tampouco, em oposição, retirar todo o material escrito das salas de ed. Infantil.
  • O fato de não saberem ler e escrever não quer dizer que não interajam e não perguntem sobre esse mundo.
  • Magda Soares – entende o letramento na sua função social.
  • Papel da EI na relação com os objetos do mundo letrado – Garantir espaço para que a criança compreenda o que é ler e principalmente, que confie na sua capacidade de aprender a ler e a escrever, agora ou mais tarde.
  • Leitura e escrita – explorar e ampliar essa vontade, traduzida como curiosidade.
  • É possível trazer provocações e deixar as crianças experimentarem o mundo, que também passa pelo contato com a linguagem escrita, como uma atividade social, como umas das múltiplas linguagens.

CARDOSO, Beatriz, LERNER, Delia , NOGUEIRA, Neide, PEREZ Tereza – Ensinar: Tarefa para profissionais

  • Este livro apresenta muitas formas de realização de projetos.
  • Conteúdos e situações didáticas são indissociáveis.
  • Propõem a análise de diversas situações que têm lugar no espaço de formação, situações essas que reiteram em diferentes momentos do trajeto formativo os conteúdos fundamentais da leitura e da escrita.
  • A escolha do projeto – Delia Lerner
- transformação da tarefa habitual por uma nova experiência orientada por claros propósitos educacionais.
- propósito principal: incorporar seus alunos às práticas sociais de leitura e de escrita.
- pressupõe tomada de decisão.
  • O que são projetos didáticos?
- conjunto de atividades previamente planejadas que visam aprendizagens mais abrangentes para se alcançar um determinado fim
- uma sistemática de trabalho que entende a aprendizagem de uma forma processual e dinamizada
- ações desenvolvidas a partir de uma situação-problema.
  • Trabalhar com projetos didáticos na área de língua – envolve a leitura, escrita e comunicação oral
  • Essa modalidade organizativa favorece a construção de atividades inter-relacionadas (não isoladas)
  • Situações de dupla conceitualização
- Consiste em primeiro lugar, favorecer que os professores exerçam comportamentos que pretendem desenvolver em seus alunos, por exemplo: os comportamentos leitor e escritor precisam fazer parte das estratégias formativas dos professores. Assim, coletivamente, compreendem melhor os processos envolvidos no comportamento leitor e escritor, conseguindo então conceitualizá-los.
- A segunda conceitualização ocorre quando o professor, já passado pelo processo formativo de vivência de experiência leitora e escritora no espaço da formação se propõe a refletir sobre as condições que precisam ser garantidas durante o desenvolvimento das atividades do projeto.
- Essas situações se desenvolvem progressivamente, tendo o formador a princípio como modelo.
  • A leitura compartilhada
  • A produção grupal
  • Conceitualizar no contexto de produção profissional – 2 propósitos:
- propósito relacionado à produção de um resumo, apresentado aos seus pares, justificando o resumo como objeto de ensino na escola
- propósito relacionado à apropriação de um conteúdo: a atividade de resumir.
  • A prática do registro é fundamental neste processo formativo, tanto por parte das professoras quanto das formadoras.
  • Tematização da prática na sala de aula (por meio de vídeos ou por registro escrito)
  • As intervenções didáticas – é preciso revisitar constantemente, em diferentes momentos, diferentes projetos.
  • Análise de produções de alunos ( também estão presentes neste trajeto de formação)
  • A leitura profissional (leitura de material bibliográfico):
- favorece a ampliação e o aprofundamento do conhecimento dos professores sobre diferentes conteúdos
- favorece sua formação permanente.
  • A escrita do profissional – é imprescindível para aqueles que assumem a docência como profissão.
  • O papel do formador:
- Não pode ceder à tentação de querer “ensinar tudo”, ele precisa aprender a priorizar;
- Precisa planejar muito bem situações didáticas que promovam aprendizagens correspondentes às possibilidades de seu grupo de professores;
- Propor discussões sempre contextualizadas, garantindo a dupla conceitualização;
- Desvendar os processos que estão em jogo em cada uma das situações planejadas;
- Criar contextos que “obriguem” os professores a retornar ao trabalho que foi realizado para refletir sobre eles, aperfeiçoando-os;
- A intencionalidade do formador cria condições de aprendizagem para seus professores.
- Precisa estar preparado, conhecendo as estratégias de formação para liderar diferentes grupos, sabendo identificar se eles estão compreendendo e estabelecendo pontes em relação entre os conteúdos e as maneiras com que eles são trabalhados.

PANIZZA, Mabel et al. – Ensinar Matemática na Educação Infantil e nas séries iniciais – Análise e propostas – Capítulos 1 e 2.

  • Idéia central: Produzir um material destinado a professores e pessoas em formação. Que a obra seja um elemento de referência em iniciativas de formação e de capacitação, pois os autores são educadores e pesquisadores.
  • Objetivo: Criar um meio de comunicação entre pesquisadores e educadores de matemática, integrando conceitos teóricos com a prática educacional, por meio da articulação das pesquisas apresentadas com propostas para as aulas.
  • Charnay – “O que é ensinado deve estar carregado de significado, deve ter sentido para o aluno.”
  • Saberes necessários para uma gestão de classe favorável a construção do sentido dos conhecimentos por parte dos alunos:
- ser capaz de diferencias os objetos matemáticos de suas representações
- compreender as condições nas quais uma representação funciona
- identificar nos procedimentos as condições nas quais usam-se, maneiras distintas de tratar e de conhecer os objetos e suas representações
- dispor de conhecimentos didáticos para gerir um ensino que os faça evoluir.
  • Saberes necessários à condução de um ensino que contemple as diversas dimensões de sentido:
- saberes relativos ao edifício matemático + saberes relativos à aprendizagem
- saberes didáticos
  • Teoria de Situações Didáticas
- Concepção 1: a interpretação de fenômenos e processos não pode ser reduzida a partir de experiências isoladas nem a questões de opinião.
- Concepção 2: o corpo teórico (objeto de interesse), não pode provir de uma teoria já desenvolvida em outros domínios (como da Psicologia ou da Pedagogia)
  • Apoiadas em uma concepção construtivista de aprendizagem caracterizada, assim: “O aluno aprende adaptando-se a um meio que é fator de contradições, de dificuldades, de desequilíbrios, um pouco como o faz a sociedade humana. Este saber, fruto da adaptação do aluno, manifesta-se pró respostas novas que são a prova da aprendizagem. (Brousseau)
  • Situações didáticas: conjunto de relações estabelecidas explicita e/ou implicitamente entre um aluno ou um grupo de alunos, um certo meio ( que compreende eventualmente instrumentos ou objetos) e um sistema educacional (representado pelo professor) com a finalidade de conseguir que esses alunos se apropriem de um saber constituído ou em vias de constituição.
  • Situações adidáticas: O aluno deve relacionar-se com o problema a partir de seus conhecimentos, motivado pelo problema e não para satisfazer um desejo do professor, e sem que o professor intervenha diretamente para ajuda-lo a encontrar uma solução.
  • A situação adidática contempla alguns aspectos:
- o caráter da necessidade dos conhecimentos
- retroação ( sansão)– poder julgar os resultados de sua ação e ter a possibilidade de tentar novas resoluções
- devolução – ato pelo qual o professor faz o alunos aceitar a responsabilidade de uma situação de aprendizagem adidática, e ele mesmo aceita as consequências dessa transferência.
  • Intervenção do professor – servirá para instalar e manter os alunos na tarefa.
  • Sobre a variável didática: o professor pode utilizar valores que permitam ao aluno compreender e resolver a situação com seus conhecimentos anteriores e, em seguida, faze-lo enfrentar a construção de um conhecimento novo, fixando um novo valor de uma variável.
  • Tipologia de situações:
- Situações de ação: exige que o aluno coloque em prática conhecimentos implícitos.
- Situações de formulação: o aluno deve formular uma mensagem a outro aluno de modo que este compreenda e possa agir com o conhecimento contido na mensagem.
- Situação de validação: um grupo de alunos formula uma hipótese a um outro grupo de alunos que deve aceita-la, rejeita-la, pedir provas, ou ainda contrapor com outras considerações.
  • Mal entendido – crer que é preciso necessariamente, passar por cada tipo de situação, nessa ordem. Há conhecimentos que são trabalhados implicitamente e cuja formulação explicita ocorrerá mais tarde. Há também situações em que os alunos podem formular conhecimentos, mas cuja validação explícita não seja própria o nível de escolaridade em que se encontra.
  • Brousseau – os papéis principais do professor: “agregar um conhecimento produzido pelos protagonistas (os alunos) ao seu repertório supõe que seja reconhecido que esse conhecimento servirá em outras ocasiões ainda não conhecidas, que será vantajoso reconhece-lo e que o conhecimento com freqüência será aceito como verdadeiro fora de circulo restrito dos protagonistas das situações de origem.”
LEGISLAÇÃO

DELIBERAÇÃO CME Nº 03/97 – Diretrizes para elaboração do Regimento Escolar

  • Estabelece diretrizes para elaboração do Regimento Escolar dos Estabelecimentos de Educação Infantil e de Ensino Fundamental e Médio vinculados ao sistema de ensino do Município de São Paulo.
  • Observando as diretrizes contidas na Indicação CME 04/97.
  • LDBEN 9394/96 – atribui ao estabelecimento de ensino a competência para elaborar o seu Regimento Escolar e sua proposta ou projeto pedagógico.
  • Regimento Escolar: regulamenta as relações entre os diversos participantes do processo educativo, contribuindo para a realização do PP da escola.
  • Projeto Pedagógico:
- Elemento norteador de toda a ação educativa da escola
- deve ser definido a partir das características da realidade local, tendo em vista as expectativas da comunidade.
- é trabalho coletivo
- compromisso assumido pela comunidade escolar, embasado na sua concepção de pessoa humana, de mundo e de sociedade, através dos valores fundamentais que sustentam essa concepção.
  • A escola (todas as pessoas que nela trabalham) deve ter claro qual o perfil que deve ter o aluno após o período de permanência sob seus cuidados.
  • Os vários documentos que definem e regulamentam as atividades escolares: regimento, calendário escolar, plano da escola, integram o PP e são por ele iluminados.
  • As instituições vinculadas à RME submeterão os seus regimentos e respectivas alterações à aprovação da Secretaria Municipal de Educação.
  • Diretrizes para o Regimento Escolar:
  1. Identificação do estabelecimento de Ensino
  2. Fins e objetivos
  3. Organização didática (duração dos períodos letivos,critérios de agrupamento de alunos, ciclos, currículo)
  4. Regime Escolar (calendário, matrícula, transferência, adaptação, classificação e reclassificação, ensino supletivo – EJA, expedição de históricos escolares, certificados e diplomas, progressão continuada, avaliação e recuperação, avaliação na Ed. Infantil, promoção e retenção, freqüência)
  5. Organização administrativa e gestão escolar
  6. Diretrizes gerais

RESOLUÇÃO CEB Nº1, DE 7 DE ABRIL DE 1999 – Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil

  • Institui as DCNs a serem observadas na organização das propostas pedagógicas das instituições de educação infantil integrantes dos diversos sistemas de ensino.
  • Devem respeitar os seguintes Fundamentos Norteadores:
    1. Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum
    2. Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do Exercício de Criticidade e do Respeito à Ordem Democrática
    3. Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, da Ludicidade e da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais.

  • Explicitar o reconhecimento da importância da identidade pessoal de alunos, suas famílias, professores e outros profissionais, e a identidade de cada UE, nos vários contextos em que se situem.
  • Promover práticas de educação e cuidados, que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivo/lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível.
  • Os PPs devem contemplar atividades intencionais, em momentos de ações, ora estruturadas, ora espontâneas e livres, a interação entre as diversas áreas do conhecimento e aspectos da vida cidadã, contribuindo com o provimento de conteúdos básicos para a constituição de conhecimentos e valores.
  • Avaliação – através do acompanhamento e dos registros de etapas alcançadas nos cuidados e na educação, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso a ensino fundamental.
  • Ambiente de gestão democrática - garantir direitos básicos à educação e cuidados, num contexto de atenção multidisciplinar.
  • Os PPs e os regimentos das instituições, em clima de cooperação, proporcionar condições de funcionamento das estratégias educacionais, do uso do espaço físico, do horário e do calendário, que possibilitem a adoção, execução, avaliação e o aperfeiçoamento das diretrizes.